Exercício Físico pode combater o Alzheimer
- milapestana
- 15 de fev. de 2019
- 2 min de leitura
O hormônio irisina, produzido quando nos exercitamos, protege o cérebro, dizem pesquisadores.
Uma pesquisa realizada por cientistas de vários países, mas principalmente composta por brasileiros, fez a descoberta de que exercício físico pode desempenhar um papel importante no combate ao Alzheimer.
Nessa pesquisa com camundongos, observou-se que as atividades físicas aumentam os níveis de irisina, que traz 2 importantes benefícios:
· Proteção ao cérebro,
· Restauração da memoria.
Os testes foram feitos em camundongos com a doença — que produziam o hormônio ao fazer exercícios ou recebiam doses dele. Os autores explicam que três novidades foram descobertas:
1. Existem baixos níveis de irisina no cérebro de pacientes afetados pelo Alzheimer. Essa mesma deficiência foi vista nos camundongos que foram usados como modelo no estudo.
2. A reposição dos níveis de irisina no cérebro, inclusive por meio de exercícios físicos, foi capaz de reverter a perda de memória dos camundongos afetados pelo Alzheimer.
3. A irisina é o que regula os efeitos positivos do exercício físico na memória dos camundongos.
Após analise de cérebros humanos de pessoas falecidas com Alzheimer, demonstrou menor presença dessa substância.
O trabalho foi publicado nesta segunda-feira (7), na revista científica Nature Medicine, e contou com a participação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), da Fiocruz e do Instituto D'Or, também do Rio.
A descoberta tem duas implicações. A primeira é que já se pode dizer que o exercício, mesmo que ainda exista muito o que estudar, contribui para a prevenção do Alzheimer.
— Ainda não sabemos a dose certa de exercício. Mas ele certamente é fundamental para o metabolismo do cérebro e das doenças provenientes do desequilíbrio deste, como o Alzheimer. Temos que caminhar, nadar, pedalar ou correr. O tipo de exercício não importa. O fundamental é se exercitar, sempre, tornar isso parte da vida, rotina. Não é fácil, mas compensa — afirma Fernanda de Felice, uma das coordenadoras do estudo.
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